24/06/2010

Atividades para crianças pequenas - Parte I

Alguns professores tem muita dificuldade de organizar atividades para as crianças de berçário, isto porque essas atividades podem ser confundidas com brincadeiras sem nenhum cunho pedagógico. Este é um engano muito comum. "O adulto precisa apresentar o mundo."
Os bebês estão começando a conhecer o mundo que os cercam e, portanto, devem ser estímulados de todas as formas, esta é a principal e importante função do professor de creche.
A seguir daremos algumas sugestões (recolhidas da internet) para os educadores realizarem esse trabalho com mais alegria e prazer.

Sugestões de atividades e estímulos para o berçário


. Chocalho com garrafa pet, copo de iogurte, yakut...
. Saquinhos de cheiro feito com tnt algodão e vários aromas.
. Bolinhas de cheirinho feito com meia calça
. Caixa supresa, encapada e com um buraco para caber a mãozinha do bebê.
. Tampas de Nescau com figuras.
. Cds com figuras, furado e usado como móbile.
. Abrir uma caixa de papelão e fazer uma casa, ou um carro.
. Janelinhas das sensações.
. Cd de cantigas com voz de criança, músicas clássicas.
. Sagu com anelina dentro de pet, pode usar também gliter, lantejoula...
. Varal das sensações.
. Cestos dos tesouros.
. Pendulo com bola e elástico colado no teto.
. Soprar ( canudo grosso), fazer bolhas ensinar a criança a respirar pelo nariz( variar com gelatina colorida).


Esconde-Esconde (para bebês)

Cadê o ursinho? Ele sumiu, mas não é para sempre.
_ IDADE A partir de 6 meses.
_ O QUE DESENVOLVE Noção de que as pessoas e os objetos continuam existindo mesmo quando saem do campo de visão.
_ COMO BRINCAR Se esconda atrás de uma porta ou de algum objeto grande e chame o bebê, fazendo com que ele procure você. Apareça novamente. Cubra a sua cabeça com um pano e chame a criança pelo nome. Depois de alguns segundos, retire o pano. Esconda um objeto que o bebê goste, como um ursinho, e pergunte: "Cadê o ursinho? Onde ele está?" Incentive a criança a procurá-lo. Depois, mostre o objeto. Essa atividade ajuda a criança a compreender a ausência dos pais quando eles saem, por exemplo, para trabalhar.
Encaixes (para bebês)

Uma caixa dentro da outra e o bebê aprende o que é grande, pequeno, leve e pesado.
_ IDADE A partir de 6 meses.
_ O QUE DESENVOLVE Noção de tamanho e de peso.
_ BRINQUEDO Caixas de papelão e potes plásticos de vários tamanhos e formatos.
_ COMO BRINCAR Coloque um pote dentro do outro, mostrando que o menor cabe dentro do maior. Vire os potinhos de ponta-cabeça e coloque um sobre o outro até formar uma torre. Deixe a criança brincar à vontade com os potes e colocar as mãozinhas dentro deles. Quando ela pegar um pote sozinha ou dois deles (um dentro do outro), vai perceber a diferença de peso.

Você pode fazer: Monte cubos de diferentes tamanhos com caixas de leite. Recorte o papelão e emende as laterais com fita crepe. Depois, pinte.


Cores (para bebês)

Blocos de espuma azuis e vermelhos... Um em cima do outro e, de repente, todos no chão!
_ IDADE A partir de 3 meses.

_ O QUE DESENVOLVE Coordenação motora e a visão, que começa a ficar mais nítida a partir do terceiro mês.
_ BRINQUEDO Blocos coloridos de espuma.
_ COMO BRINCAR Movimente os blocos, coloque uns sobre os outros.
Deixe a criança segurá-los e derrubá-los.
_ ESTE VOCÊ FAZ Corte o fundo de duas garrafas PET transparentes e coloque papel crepom picado, de diferentes cores e tamanhos, dentro desses recipientes.
Junte um ao outro com fita adesiva. Também é possível usar água, óleo e purpurina. Utilize vasilhames de diferentes tamanhos para que o bebê perceba que sua mão envolve o objeto de várias maneiras.

14/06/2010

PEDAGOGIA DE PROJETOS

Pedagogia de Projetos é a metodologia que propõe um novo olhar sobre a ação pedagógica.


Seu precursor foi John Dewey com a Escola Nova que definiu a aprendizagem como processo e não como uma preparação para a vida. Esse processo sugere um planejamento contínuo e flexível.

O construtivismo embasa a Pedagogia de Projetos pelas vivências propostas; a partir das vivências lúdicas, das experiências didáticas e das interações com o meio o aluno apreende o conhecimento.

A pedagogia de projetos vem nortear as atividades escolares, permitindo um trabalho interdisciplinar, abrangendo as diversas áreas do conhecimento, inserida na realidade e viabilizando múltiplas relações sociais.

A função do projeto é favorecer a criação de estratégias para resolverem um problema proposto, testar algumas hipóteses referentes a um determinado tema, pesquisar sobre um assunto eleito pelo grupo, enfim, levar o grupo a buscar o que lhe é significativo.

O projeto auxilia os alunos a serem conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do professor uma postura flexível, de pesquisador onde os desafios e conflitos o estimulem e não o paralisem. As fontes de pesquisa são as mais diversas: livros, material impresso, vídeos, relatos de exposições culturais, músicas, experimentos...

A Pedagogia de Projetos favorece o envolvimento dos alunos como co-autores de sua aprendizagens, possibilitando-lhes fazer escolhas, decidir e se comprometer com suas escolhas, assumir responsabilidades, planejar suas ações, ser sujeito de sua aprendizagem.

Os projetos surgem na relação adulto/criança na medida em que o professor é capaz de atribuir significado à curiosidade despertada por assuntos ou atividades, às perguntas feitas, ao que é necessário ao seu desenvolvimento. No momento em que o professor consegue entender e aprofundar seus conhecimentos nesta proposta de trabalho, terá condições de aventurar-se em infinitas descobertas e perceber o quanto isto é enriquecedor.

Os projetos de trabalho constituem um planejamento de ensino e aprendizagem vinculado a uma concepção da escolaridade em que se dá importância não só a aquisição de estratégias cognitivas de ordem superior, mas também ao papel do estudante como responsável por sua própria aprendizagem.

Costuma ser um planejamento motivador para o aluno, pois este se sente envolvido no processo de aprendizagem. Geralmente, permite ao estudante escolher o tema ou envolver-se em sua escolha ( o professor pode propor o tema, mas deve suscitar a curiosidade do aluno para ele). Isto faz com que ele leve adiante a busca, na qual há de recolher, selecionar, ordenar, analisar e interpretar a informação. Essa tarefa pode ser realizada de maneira individual ou grupal, e seus resultados deverão ser públicos, para favorecer um conhecimento partilhado.

Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir o conhecimento.

Na organização dos conhecimentos escolares através de Centros de Interesses, costuma ser o docente quem se responsabiliza e decide a informação que os alunos irão trabalhar em aula. Nos projetos, essa função não se exclui, mas se complementa com as iniciativas e colaborações dos alunos. Esse envolvimento dos estudantes na busca da informação tem uma série de efeitos que se relacionam com a intenção educativa dos Projetos. Em primeiro lugar, faz com que assumam como próprio o tema, e que aprendam a situar-se diante da informação a partir de suas próprias possibilidades e recursos Mas também, lhe leva a envolver outras pessoas na busca de informação, o que significa considerar que não se aprende só na escola, e que aprender é um ato comunicativo, já que necessitam da informação que os outros trazem. Mas, sobretudo, descobrem que eles também têm uma responsabilidade na sua própria aprendizagem, que não podem esperar passivamente que o professor tenha todas as respostas e lhes ofereça todas as soluções, especialmente porque, o educador é um facilitador, com freqüência, um estudante a mais.

As etapas da elaboração de um projeto são muito importantes e repletas de descobertas. Para tanto o professor deve se organizar e mapear o que deseja trabalhar. Esse mapeamento deve ser flexível.

COMO SE ORGANIZA UM PROJETO



É fundamental que a questão a ser pesquisada parta da curiosidade, das dúvidas, das indagações dos alunos e não impostas pelo professor.

O tema pode pertencer ao currículo oficial, proceder de uma experiência comum, originar-se de um fato da atualidade, surgir como um problema proposto com a professora, ou emergir de uma questão que ficou pendente em outro projeto.



A ORGANIZAÇÃO

Não há uma seqüência única e geral para todos os projetos. Inclusive quando duas professoras compartilham de uma mesma pesquisa o percurso pode ser diferente.

ü O desenvolvimento de um projeto não é linear, nem previsível;

ü O professor também pesquisa e aprende;

ü Não pode ser repetido;

ü Choca-se com a idéia de que se deve ensinar do mais fácil ao mais difícil;

ü Questiona a idéia de que se deve começar pelo mais próximo (moradia, bairro, vogais...).

O grupo como um todo (crianças e adultos) busca informações externas em diferentes tipos de fontes: conversas ou entrevistas com informantes diversos, passeios, visitas, observações, explorações de materiais, experiências concretas, pesquisas bibliográficas, Internet. Alguns pontos são relevantes na busca de subsídios que alimentem o fio condutor dos projetos. Entre eles: biblioteca da escola, parceria com as famílias e a comunidade, organização do prédio e da sala de aula, registro.



A AVALIAÇÃO

Depois do material estar organizado, as crianças podem expô-lo, recontando-o e narrando-o através de diferentes linguagens. A avaliação do trabalho desenvolvido é feita a partir do reencontro com a situação-problema levantada inicialmente, como os comentários feitos sobre o propósito e o realizado. É importante que o grupo possa divulgar o que está fazendo e tenha a oportunidade de comunicá-lo. Os dossiês são uma estratégia importante para a organização final do projeto. É importante lembrar que cada finalização de projeto propõe novas perguntas e elas podem ser utilizadas para encaminhar novos projetos.



TURMAS DIFERENTES PODEM TRABALHAR O MESMO PROJETO

Duas professoras podem compartilhar uma mesma pesquisa, porém com percursos diferentes.



COMO FICAM AS ÁREAS DE CONHECIMENTO E OS CONTEÚDOS DENTRO DOS PROJETOS DE TRABALHO

Um projeto de trabalho prevê diversas “portas de entrada”, as quais possibilitam “navegar” em diferentes áreas do conhecimento. Não sabemos de antemão quais portas se abrirão. Isso acontecerá a partir dos encaminhamentos feitos pela professora, por sua sensibilidade ao encaminhar problemas e hipóteses levantadas, por sua capacidade de fornecer informações.

É importante mencionar aqui a idéia de que “ninguém cria do nada”... Se não subsidiarmos a construção do conhecimento pelas crianças, se não planejarmos estratégias desafiadoras, poucas e pequenas portas se abrirão e, conseqüentemente, o trabalho será muito empobrecido. Colocar as crianças em contato com diferentes objetos de cultura e o fato de escolhermos uma temática ou outra, não significa ser melhor ou pior para relacionarmos conhecimentos, uma vez que o conhecimento não é algo fragmentado.

No desenvolvimento de um projeto, a execução das tarefas e a busca de solução para as situações-problema vão mostrando ao professor aquilo que os alunos sabem e o que eles precisam saber para realizarem com competência o trabalho determinado. A falta de conhecimento de conteúdos ou de procedimentos ágeis para a realização dos trabalhos, que fica explicitada no início, é o que deve nortear a escolha do professor e do que ele deve ensinar.



QUAL A DURAÇÃO DE UM PROJETO

A aprendizagem e o ensino se realizam mediante percurso que nunca é fixo, mas serve de fio condutor para a atuação do docente em relação aos alunos.

Um projeto não começa necessariamente num dia determinado, mas sim se desencadeia e se desenvolve como parte de um processo que é contínuo e não tem regras quanto a passos pré-determinados, nem tampouco obedece uma seqüência rígida.



O PAPEL DO EDUCADOR NO TRABALHO COM PROJETOS

• Escutar o que os alunos sabem e necessitam expressar;

• Não se colocar como o único e principal informante;

• Conectar os temas propostos a outros conteúdos e à realidade;

• Organizar os espaços e tempos de acordo com as exigências do trabalho a ser executado.

Após a escolha do tema, o professor dará continuidade ao trabalho com as crianças, criando situações em que as mesmas levantem propostas de execução do estudo ou da resolução de um problema: organizando listas sobre o que sabem do tema, o que querem saber, o que querem aprender e como se pode chegar a tais aprendizagens. Um bom modo de fazer esse levantamento á através da escrita no quadro de giz ou em folhas de papel pardo dos itens levantados pelas crianças, para ordenar a abordagem do tema. O confronto de idéias aparece neste momento, tanto no que diz respeito às concepções como aos modos de encaminhamento.

Esse esquema, produzido coletivamente, é a base do planejamento das tarefas – individuais, de pequeno e grande grupo – e da distribuição do tempo.

Dois importantes aportes no trabalho com projetos: a necessidade do professor estudar e se aprofundar na temática a ser enfocada e a exploração dos conhecimentos que as crianças possuem sobre o tema a ser trabalhado. Desta forma cabe ao professor estudar atentamente sobre o tema do projeto, o que lhe permitirá adequar estratégias interessantes e desafiadoras para as crianças, selecionar e buscar informações necessárias ao andamento do projeto, bem como as alternativas possíveis de materiais e recursos mais adequados.

11/06/2010

Brincadeiras Matemáticas para Trabalhar no Período Exploratório

“Brincadeiras Matemáticas”


Nos quinze primeiros dias o professor deve observar seus alunos verificando quais as noções que já possuem, quais suas dificuldades e partir dessas observações elaborar seu planejamento.
O professor ao prepara as atividades deve levar em conta a fase do desenvolvimento infantil em que sua turma se encontra e o conhecimento do mundo que possuem.
Selecionamos algumas atividades que poderão ser utilizadas nesse período e, que abordam: contagem, quantificação, formas, grandezas e espaço.

I – Contagem:

A) Músicas:

Elefante

Um elefante incomoda muita gente.
Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais.
Três elefantes incomodam muita gente.
Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais.
Cinco elefantes incomodam muita gente.
Seis elefantes incomodam... Muito mais.
Sete, oito, nove, dez.

Indiozinhos

Um, dois, três indiozinhos.
Quatro, cinco, seis indiozinhos.
Sete, oito, nove indiozinhos.
Dez num pequeno bote.
Iam navegando pelo rio abaixo
Quando o jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase, quase virou!
(mais não virou)

Mariana

Mariana contou um, contou um a Mariana.
É um, é um, é um, é Ana.
Viva a Mariana, viva a Mariana.
2, 3, 4, 5, 6,...

Pipoca

Uma pipoca na panela,
Veio uma outra para conversar.
Foi um tremendo falatório
Que ninguém podia agüentar
E foi um tal de :
Poqui, popoqui, poqui poqui
Popoqui, poqui poqui
Popoqui poqui poqui
Duas pipocas na panela
Vieram outras duas para conversar
Foi um tremendo falatório
Que ninguém podia agüentar...
(contar até cinco – as crianças na hora do refrão devem bater os dedos como se fosse palmas, primeiro apenas um dedo no outro, depois dois, três... até baterem palmas, ou seja, cinco dedos).

Minhoquinhas

Uma minhoquinha fazendo ginastiquinha
Duas minhoquinhas fazendo ginastiquinha
Três minhoquinhas fazendo ginastiquinha
Quatro minhoquinhas fazendo ginastiquinha
Cinco minhoquinhas fazendo ginastiquinha
Um minhocão fazendo ginasticão
Um minhocão fazendo ginasticão

B) Brincadeiras - amarelinha, caracol, esconde-esconde, jogos de escolher.

• Mamãe posso ir?
Escolher uma criança para ser a mãe, posicionando-a a uma certa distância das outras crianças.
As crianças perguntam "Mamãe posso ir?" A criança que está no papel da mãe responde que sim e as outras perguntam: "Quantos passos?" A mãe decide o número de passos que cada criança vai dar. Ganha aquela que alcançar primeiro a mãe.

• Formando seqüência:
Espalhar cartões numerados pelo chão do pátio, as crianças deverão caminhar pelo pátio livremente, ao sinal do professor cada aluno tem que pegar um cartão aleatoriamente e devem formar um grupo onde tenha uma seqüência completa (1 a 9, por exemplo).

II – Quantificação

A) Músicas

Um
Um é um
Um é um só
Um nariz, uma boca,
Um pescoço, uma barriga,
Umbigo só um...
Bato uma palma,
Dou um pulo,
Escondo uma mão
E com a outra um beijão.
(Thelma Chan - CD Pirralhada)

Dois

Você e eu
Somos dois.
Você canta antes
Eu canto depois.
Você e eu
Somos dois
Você canta antes
Eu canto depois
Tem dois olhos na sua cara
Tem dois olhos na sua cara
Dois ouvidos você tem.
Dois ouvidos você tem.
Os olhos são pra enxergar
Os olhos são pra enxergar
Os ouvidos pra ouvir bem
Os ouvidos pra ouvir bem
Um mais um dois
(Thelma Chan - CD Pirralhada)


Três

Três pulinhos um, dois, três.
Um mais um mais um são três
Somos três, eu e vocês.
Põe três dedos um, dois, três.
Conte agora em chinês
Uat, ni, sam
E em japonês
It, ni sam.
(Thelma Chan - CD Pirralhada)

B) Brincadeiras

Memória de quantidade: joga-se como na forma tradicional porém, as cartelas são preparadas com pares de números e suas respectivas quantidades.

• Corrida numérica: os alunos devem andar livremente pelo pátio, ao sinal do professor formar grupos de acordo com a quantidade solicitada.

• Numeral e Quantidade (EVA):
O educador utilizará inicialmente, apenas as partes com formas representando quantidade. A associação será realizada sem simbologia numérica, apenas através da contagem de formas e encaixe destas partes;
A mesma atividade anterior, associando símbolo e quantidade (formas). Após a realização da associação a criança poderá copiar o algarismo graficamente e apresentar a quantidade respectiva;
O educador solicitará ao grupo que permaneça sentado em círculo e colocará as peças com os algarismos voltadas para baixo e embaralhadas no centro. Ao chamar uma criança, lhe entregará uma peça com um algarismo, pó exemplo o 5, e pedirá que junte o número necessário de colegas para formar um conjunto com a quantidade representada.
Após distribuir as peças entre as crianças o educador solicitará a uma delas que mostre sua peça e que as outras que tiverem em mãos as peças complementares deverão juntar-se a esta. Assim será repetido com todos os algarismos.

• Correr e pegar: o professor prepara várias cartelas com quantidades de objetos diferentes. Os alunos devem andar livremente pelo pátio, em determinado momento o professor fala um número e os alunos devem encontrar quais cartelas tem a quantidade solicitada.

• Quatro-cantos: (ao som de uma música) Quatro crianças, ou quatro grupos de três ou mais crianças (para que todos participem) dispõem-se em cada ângulo de um quadrado e apenas uma criança fica no centro. Quando a música começa elas trocam entre si os lugares e, enquanto isso, a criança do centro tenta pegar um dos lugares, que só pode ter o número de crianças já estipulado. A que se achar sem lugar fica no centro e a brincadeira recomeça.

• Grupos de números: o professor deixa cartões com numerais espalhados, a um sinal os alunos correm, pegam um cartão e a seguir agrupam-se com todos os que estão com o mesmo número.

III – Formas

• Mudando de figura: o professor desenha vários círculos, quadrados e triângulos no chão e as crianças devem caminhar sobre eles seguindo a ordem do professor, quando ele falar “círculo” só podem pisar no círculo, mas quando falar “quadrado” devem imediatamente mudar e pisar apenas nesta figura. Este jogo não tem ganhador, serve apenas para verificação e fixação das formas geométricas

• Descubra o que falta (Blocos Lógicos): colocar 4 a 5 peças sobre a mesa, olhar por alguns instantes e fechar os olhos; outra pessoa retira uma das peças, ao abrir os olhos a criança deverá dizer as características da peça que está faltando.

• Seqüência de Formas: a criança retira um cartão e com as peças dos blocos lógicos deverá montar a seqüência apresentada.

• Atenção! A figura é... : o professor espalha pelo pátio várias figuras geométricas. Os alunos andam livremente pelo pátio observando as figuras, quando o professor falar uma figura todos devem correr e pegar a figura solicitada.

IV – Grandezas

Separar objetos pelo tamanho

Qual a bola maior? Em roda, mostrar bolas de diferentes tamanhos, deixando as crianças as segurarem, observando e contando sobre suas diferenças. O professor precisará fazer intervenções para que as crianças possam pensar sobre as possibilidades de uso de tais materiais.

V – Espaço

A) Músicas

Mazu

Para dentro e para fora
Mazu, Mazu.
Para dentro e para fora
Mazu, Mazu, Mazu.
Eu lavo esta janela
Mazu, Mazu.
Eu lavo esta janela
Mazu, Mazu, Mazu
Eu escolho um companheiro
Mazu, Mazu.
Eu escolho um companheiro
Mazu, Mazu, Mazu.
Ele dança engraçadinho
Mazu, Mazu
Ele dança engraçadinho
Mazu, Mazu, Mazu.
(*Domínio Público)

Anel de Pedra Verde

Eu perdi o meu anel
No buraco da parede
Quem achar me dá de volta
Meu anel de pedra verde.
Hora de frente, pra frente
Hora de trás. Pra trás
Hora de frente, pra frente
Hora de trás, pra trás
(*Domínio Público)


Longe / Perto

Se está longe
Não alcanço
Se está perto
Vou pegar.
Longe, perto
Perto, longe
Que gostoso
Vou brincar.
Longe, perto
Perto, longe
Que gostoso
Vou brincar.
(Thelma Chan - CD Pirralhada)


B) Brincadeiras

A pessoa misteriosa
Com os alunos organizados em filas, o professor seleciona um deles sem que os outros saibam quem é. Em seguida, apresenta algumas pistas sobre a criança escolhida para que eles possam descobrir:
- A pessoa que eu escolhi usa (ou não usa) óculos.
- A pessoa que eu escolhi está sentada entre um menino e uma menina.
- A pessoa que eu escolhi está na frente de João e atrás de Laura.

Sondagem de Matemática para Educação Infantil

As crianças de Educação Infantil estão construindo as primeiras hipóteses de escrita e também sobre os números e o sistema de numeração decimal. Para podermos auxiliar os alunos no avanço de suas hipóteses e na ampliação do conhecimento numérico, é de extrema importância que sejam realizadas sondagens ou avaliações diagnósticas ao longo do ano letivo.
Elas são um instrumento de investigação do professor e têm como objetivo identificar os conhecimentos prévios dos alunos, detectar suas hipóteses sobre o SND, conceitos e procedimentos matemáticos, é importante também, para que o professor reflita e planeje intervenções que possibilitem avanços.
As sondagens permitem, também, que os alunos observem suas produções e reflitam sobre suas hipóteses. Quando percebem que há uma distância entre a escrita convencional de números e a sua, sentem-se motivados a procurar novas maneiras.
As principais épocas para a realização de sondagens são no início do ano, no meio do ano e no final; lembrando sempre que é preciso haver um acompanhamento constante das atividades dos alunos para verificar se há progressos e poder interferir durante o processo de aprendizagem.
Chamamos de sondagem ou avaliação diagnóstica inicial aquela que é feita ao longo dos primeiros contatos do professor com a classe, no início do ano letivo. Ela é importante para conhecer bem os alunos: é um momento de observá-los cuidadosamente e registrar as observações, para poder planejar as primeiras intervenções.
O diagnóstico inicial possibilita o mapeamento da classe e dá pistas para o planejamento.
A sondagem de idéias matemáticas divide-se em três partes: o ditado de números, contagem e quantificação.
Para termos acesso aos conhecimentos que as crianças elaboram sobre a numeração escrita, propomos um ditado de números, cujo objetivo é o levantamento das hipóteses dos alunos sobre a escrita dos números. Como na sondagem de escrita, não devemos ficar presos a numerais de apenas um algarismo ou que já seja de domínio dos alunos; para obtermos resultados, devemos variar os numerais contemplando uma diversidade de saberes que os alunos podem apresentar, além de uma série de “ordens numéricas” (quantidade de algarismos). Consideramos também uma diversidade qualitativa mínima que nos permite observar algumas hipóteses dos alunos.

Algumas orientações para realização do ditado:

• Antes de iniciar o ditado, entregue uma folha de papel em branco.
• Faça a sondagem individualmente.
• Oriente-os a usar números, pois pode ser que escrevam os nomes dos números por não estarem familiarizados com esse tipo de ditado.
• Explique que devem anotar os números da maneira como acham que é correta.
• Explique também que os números ditados devem ser escritos um embaixo do outro, ou se a professora preparou a folha, um em cada quadradinho.
• A sondagem pode ser feita em etapas para não cansar a criança.

Para a realização do ditado de números, o professor precisa selecionar no mínimo dez numerais e estes mesmos numerais serão ditados no início, no meio e no final do ano para que o professor possa comparar e perceber os avanços. É importante lembrar que, no momento da sondagem, nenhuma ajuda será permitida (nem por parte do professor e nem ajuda entre eles), pois, se houver alguma intervenção já não será possível fazer um diagnóstico correto.
Seguem os critérios para a seleção da lista de números (é importante que o professor conheça os critérios para formar essa lista, mas é preciso ter cuidado para que os números escolhidos não induzam os alunos a determinadas produções):

0 – alguns alunos podem “achar” que zero não é número (já nos dá boas pistas sobre o que eles pensam em relação a isso);
5 – 10 – 20 – 25 – 50 – 100 – 1000 – esses números podem ser considerados “marcos” porque são números de uso social freqüente. Aparecem, por exemplo, nas notas e moedas que utilizamos. Além disso, alguns são números redondos ou nós (10 – 100 – 1000);
52 – 86 – são números “transparentes”, que dizem exatamente o que são (como aqueles a partir de 16), são previsíveis, possíveis de antecipar, quando falamos esses números damos indícios de como registrá-los com algarismos;
11 – 13 – são números “opacos” (ou não transparentes), que não explicitam em sua forma oral, o princípio aditivo de nosso sistema de numeração. No entanto, o 13 pode ser conhecido pelas crianças, tivemos uma eleição recentemente ou por causa da sexta-feira treze;
77 – 555 – são números que têm todos os algarismos iguais, o que pode levar alguns alunos a variar a escrita em função do valor posicional dos algarismos;
51 – 2008 – são números familiares ou de uso freqüente (datas, marca de bebida alcoólica), além da presença do zero intercalado entre dois algarismos diferentes de zero;
52 – contêm “inversões” dos algarismos de dois números (52 é o contrário de 25, já citado);
648 – é um número composto por três algarismos diferentes;
90 – é uma “dezena cheia” diferente do vinte, que pode ser familiar por existir a cédula de 20 reais ou ser reconhecido no calendário;
150 – é um exemplo de números que podem ser compostos a partir de outros já ditados (50, 100), bons para mostrar de que forma os alunos articulam seus conhecimentos sobre os “marcos” e possíveis números “novos”; 2009 – serve para comparar a escrita de um número possivelmente “novo” com a escrita de um número conhecido (no caso 2008)(denominamos de número de memória, pois é utilizado diariamente no calendário / rotina).

Sugestões para o ditado:

0 – 19 – 53 – 190 – 11 – 35 – 100 – 284 – 305 – 99.
5 – 8 – 13 – 18 – 25 – 30 – 66 – 100 – 186 – 1000.
0 – 5 – 43 – 12 – 66 – 51 – 34 – 125 – 80 – 140.

Para a escrita de numerais, as principais hipóteses que os alunos terão são:

1 – Não usa algarismos para representar os numerais, apenas rabiscos e / ou desenhos (vermelho);
2 – Mistura letras com os algarismos (laranja)
3 – Escreve apenas algarismos aleatórios, muitas vezes espelha os numerais (amarelo);
4 – Utiliza um dos algarismos corretamente por exemplo: para o número 43 o aluno escreve 3 ou 13 (roxo);
5 – Uso dos “nós”: quando a escrita numérica é resultado de uma correspondência com a numeração falada. Ex. 100502 (para 152). A escrita utilizada nesta hipótese é uma produção aditiva, como se fosse 100 + 50 + 2 (100502) (azul);
6 – Escrita convencional: quando o aluno já representa o número da maneira correta, pois já percebe algumas regularidades como valor posicional de cada algarismo (verde).


A segunda parte da sondagem refere-se a “contagem” e deve ser trabalhada de forma concreta.
Separar alguns objetos (palitos, tampinhas, blocos de montar, etc.) e pedir que as crianças contem em voz alta, elas devem seguir a sequencia numérica e apontar cada elemento, porém essas orientações não deverão ser passadas aos alunos, servem apenas para a observação do professor. Essa atividade precisa ser executada individualmente. Não devemos ficar presos a uma sequencia muito conhecida e que posam aparecer em músicas, parlendas etc., por exemplo, de 1 a 10.

As principais hipóteses da contagem são:

1 – Desconhece completamente a sequencia numérica (vermelho);
2 – Recita números aleatoriamente (vai e volta na sequencia) sem apontar os objetos (laranja);
3 – Recita os números na sequencia sem apontar os objetos (amarelo);
4 – Aponta mais de uma vez o mesmo elemento e/ou pula números da sequencia numérica (roxo);
5 - Conta apontando os elementos, porém não chega ao fim da sequencia pedida (por exemplo: numa sequencia até 15 a criança só conta até 8) (azul);
6 – Conta apontando todos os elementos e seguindo corretamente a sequencia (verde).

A “sondagem de quantificação”, como na contagem, deve ser realizada de forma concreta e individualmente.
O professor de pedir que a criança separe uma quantidade sem dar maiores instruções. Deve-se repetir essa atividade com pelo menos três quantidades diferentes em cada sondagem. Recomenda-se que o professor solicite sempre quantidades superiores a 10.

As principais hipóteses são:

1 – Não consegue separar as quantidades solicitadas (vermelho);
2 – Separa alguns elementos, mas não as quantidades solicitadas (amarelo);
3 - Separa corretamente as quantidades solicitadas (verde).

Para visualizar melhor as hipóteses dos seus alunos, é interessante montar uma tabela com cada etapa da sondagem e registrar as produções com as cores determinadas para cada uma.

Sondagem do Desenho Infantil

Desenho Infantil

“Só se aprende a fazer, fazendo;


só se aprende a desenhar, desenhando”

Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação – ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando. Com a exploração de movimentos em papéis variados, a criança adquire coordenação para desenhar.
O desenho parece surgir de forma espontânea e evoluir ao processo de desenvolvimento global da criança. Também é uma tentativa de comunicação formal e um meio de representação e simbolização. A criança expressa em seu grafismo aquilo que ainda não consegue com outras linguagens, por exemplo, a fala ou a escrita.
A criança constrói ao longo dos primeiros anos de seu desenvolvimento a capacidade de figurar e de expressar-se por diferentes linguagens e, exerce essa habilidade livremente através do desenho, da imitação, da dança e das brincadeiras de faz-de-conta.
No início de seu desenvolvimento cognitivo, o desenho é para a criança uma atividade lúdica, que amplia suas capacidades imaginativas e representativas. Ao iniciar seus rabiscos ainda na fase da garatuja, a criança vai percebendo as possibilidades daqueles traços e, essa exploração, de natureza inicialmente motora, vai possibilitando a ampliação de sua representação das coisas.
O desenho evolui conforme o pensamento da criança evolui. Seu traçado, tipo de desenho, e temática expresssam como a criança pensa, como vê o mundo, seus sentimentos e organização interna. A oportunidade de desenhar é importante para estimular a expressão, criatividade, o desenvolvimento intelectual e a conquista de outras linguagens, como por exemplo, a escrita que, “por ser um sistema de representação, está claramente vinculada com o desenho, sendo este uma preparação para alfabetização” (Pillar, 1996, p.32). Ou seja, o desenho permite à criança ao exercício de um tipo de simbolização gráfica que possui uma relação direta com a realidade, e que constituirá a base que, mais tarde, possibilitará que a criança possa construir a escrita, outro tipo de representação gráfica, mais abstrata e arbitrária, e que não guarda uma relação direta com o mundo físico.
Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos e garatujas.
O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios e dos próprios colegas.

Piaget dividiu a evolução do desenho infantil, em cinco estágios:

1 – Garatuja: a criança demonstra extremo prazer e a figura humana é inexistente. A cor tem papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste. Pode ser dividida em:

Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Ainda é um exercício. Não há preocupação com a preservação dos traços, sendo cobertos com novos rabiscos várias vezes. Não há representação no desenho. Os traços podem ser leves ou fortes. Muitas vezes não respeita os limites do papel desenhando nas mesas e carteiras.

Ordenadas: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. Figuras humanas de forma imaginária, exploração do traçado, interesse pelas formas. Nessa fase a criança diz o que vai desenhar, mas não existe relação fixa entre o objeto e sua representação. Por isso ela pode dizer que uma linha é uma árvore, e antes de terminar o desenho, dizer que é um cachorro correndo. Relação espacial delimitada.

2 – Pré-esquematismo: descoberta de relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. O uso das cores não tem relação com a realidade, depende do interesse emocional.

3 – Esquematismo: esquemas representativos, começa a construir formas diferenciadas para cada categoria de objeto, por exemplo, descobre que pode fazer um pássaro com a letra “V”. Uso da linha de base e descoberta da relação cor / objeto. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aparecem fenômenos como transparência e o rebatimento.

4 – Realismo: consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional.

5 – Pseudo Naturalismo: no espaço já apresenta a profundidade. Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença de articulações e proporções. A consciência visual ou a acentuação da expressão. Também fazem patê deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva.

Orientações para a sondagem

A sondagem do desenho infantil pode ser realizada coletivamente, desde que cada criança tenha sua folha e material para desenhar e, que o professor não permita intervenções de outros alunos. É aconselhável que nesse momento o professor circule pela sala observando os alunos, não é o momento para realizar tarefas afins.
No desenho da criança não é permitido que se escreva nenhuma observação, nem mesmo nomeie os objetos criados pelos mesmos, porém é necessário que o professor tenha um impresso seu onde possa fazer suas anotações sobre o desenho de cada criança e registrar a fase em que cada um se encontra. Os desenhos juntamente com o impresso preenchido pelo professor deverão fazer parte do portfólio dos alunos.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.

Curiosidades

Formas de interpretação do desenho infantil

Existem algumas pistas que podem nos orientar sobre o que diz os desenhos das crianças. No entanto, são puramente orientações, pois devemos lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.

Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. A parte inferior do papel no informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.

Dimensões do desenho – Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.

Traços do desenho – Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.

A pressão do desenho – Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto a mais superficial demonstra falta de vontade ou fadiga física.

As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; o azul, a paz e a tranqüilidade; o verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma cor só pode denotar preguiça ou falta de motivação.

Significados de alguns desenhos:

Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança. Quando o tronco da árvore é alto e largo, revela que a criança tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estrito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grandes ocupações, talvez em excesso. Se houver poucas folhas e galhos a criança está triste.

Casa: Desenho de uma casa grande demonstra grande emotividade, já uma casa pequena demonstra retraimento.

Barco: Significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barco grande revela que não gosta de mudanças e aprecia ter controle da situação, se o barco for pequeno demonstra ser sensível e ter grande intuição.

Flores: desenhar flores significa que a criança é alegre e feliz.

CAIXA DE HISTÓRIA

“O SAPO COM XULÉ”
(ADAPTAÇÃO DAS MÚSICAS: O SAPO NÃO LAVA O PÉ, SAPO CURURU E SAPINHO)

O sapo vivia na lagoa e todo dia cantava: blé, hum! Blé, hum! Blé, hum! E seus olhinhos faziam gu, blé, hum assim.
O sapo tinha uma mulher a Sapa, mas ela não ficava com ele na lagoa, só vivia lá dentro de casa e fazia rendinhas para quem ia se casar.
Ele usava um sapato que nunca tirava do pé, até um dia que uma linda fada se aproximou e perguntou:
- Seu sapo porque você não tira seus sapatos?
O sapo respondeu todo envergonhado:
- É porque tenho frio.
A fada achou estranho a resposta do sapo e insistiu para que ele tirasse, pois estava muito calor.
Quando o sapo tirou seus sapatos a fada quase sufocou; sabem por que?
Porque o sapo tinha xulé!
A fada precisou colocar um prendedor de roupa no nariz e nunca mais tirou.
Mas porque será que o sapo tinha xulé?

Sugestões de Atividades

Oralidade
• Contar interagindo com os alunos fazendo perguntas durante a história para que possam expressar suas opiniões (história interativa);
• Cantar as músicas que deu origem a história;
• Roda de conversa sobre hábitos de higiene (tomar banho, lavar e secar os pés), animais (macho/ fêmea), etc.;
• Leitura de ajuste da história, das músicas e de listas;
• Reconto da história.

Escrita
• Lista das principais palavras do texto;
• Lista de outros animais que possam viver na lagoa;
• Lista de nomes da classe que comecem com S (sapo), F (fada), etc.;
• Reescrita do texto (professor como escriba);
• Assinalar a palavra SAPO na música;
• Assinalar somente a letra S;
• Cruzadinha - preparar uma palavra cruzada com as principais palavras do texto. Não esqueça de usar figuras como apoio, afinal os pequenos ainda não sabem ler.
• QUEBRA-CABEÇAS









• Charadinha

Arte para Educação Infantil

As aulas de Arte na Educação Infantil deveriam ser encaradas mais a sério pelos educadores. Quando bem elaboradas e utilizando diversos materiais, podemos não só incentivar a criatividade, mas também explorar vários conceitos.
Ao oferecer outros tipos de materiais além da massa de modelar industrializada permitimos que os alunos explorem diversas consistências. Argila, barro, papel machê devem fazer parte das atividades dos alunos. Fazer a sua própria massa de modelar além de prazeroso pode servir para trabalhar noções matemáticas (receita / quantidade). Materiais de consistência mais dura também devem manuseados pelos pequenos, pois fortalecem o tônus muscular, trabalha a coordenação motora e o tipo de força empregada na execução da atividade.
Trabalhar com tintas variadas também é muito importante nessa faixa etária. A escolha do material utilizado deve começar na educação infantil.
A mistura de cores é uma atividade prazerosa onde os alunos fazem descobertas interessantes.
Enfim, é enorme a gama de atividades que podem ser proporcionadas aos pequenos e irão auxiliar nas tomadas de decisões, criação de hipóteses, criatividade e construção do conhecimento.

1) Associação de cores e sentimentos: pinte cada expressão com uma cor que a represente (algre / triste / zangado / raiva / amor).
2) Contraste: desenhar com giz preto no papel branco e com giz branco no papel preto. É aconselhável fazer os seguintes questionamentos;
- O que vocês acham que vai acontecer se eu desenhar com giz preto na folha preta? E com giz branco na folha branca? Por quê? E se eu desenhar com giz preto na folha branca e com branco na folha preta?
3) Carimbagem: utilizar diversos materiais, sucatas, frutas e legumes para fazer uma composição com carimbos. Pode-se utilizar outra técnica para finalizar a obra.

Receita de Papel machê

Receita 1
Material necessário: 1/4 de rolo de papel higiênico; farinha de trigo; gesso em partes iguais a da farinha de trigo e cola branca.
Etapas:
1 – Corte o papel em pedaços bem pequenos e deixe-os de molho em bastante água durante a noite; Ferva-os na mesma água, durante uma hora. Para obter melhor qualidade no trabalho, é importante que o papel fique completamente desmanchado;
2 – Em seguida coe o papel num pano, até tirar toda a água. Coe de cada vez quantidades que você possa espremer facilmente com as mãos e não misture esses “bolos” entre si;
3 – Depois de espremido todo o papel, acrescente o gesso e a farinha de trigo, previamente misturados. A proporção para a massa é de uma colher de sopa cheia da mistura farinha-gesso e uma colher de sopa de cola fria, para cada “bolo” de papel;
4 – Amasse bem, até obter uma pasta homogênea. Se estiver muito seca pode esfarinhar. Neste caso, acrescente água aos pouquinhos, até obter o ponto em possa trabalhar a massa. Se a água começar a escorrer entre os dedos, é porque você colocou quantidade excessiva. Neste caso, acrescente um pouco mais de gesso.
Obs: Não prepare quantidade maior de massa do que aquela que você pretende usar, pois uma vez seco o gesso, não será possível aproveitar a massa. Se desejar fazer escultura com esse material, não use gesso, ao preparar a mistura. Faça-a apenas com o papel, farinha e cola fria, na proporção indicada anteriormente.

Receita 2
Material necessário: jornais; cola fria e um recipiente.
Etapas:
1 – Rasgue o jornal em pedaços não muito grandes e coloque-os em um recipiente;
2 – Despeje sobre eles água e deixe o papel amolecendo por 24 horas (ou, no mínimo, por 10 a 12 horas). Acrescente um pouco de água sanitária para tirar o mal cheiro;
3 – Esprema a massa para tirar o excesso de água e bata no liquidificador;
4 – Recoloque as bolas formadas no recipiente, adicione a cola e forme uma massa, de preferência, compacta; trabalhe-a bem com as mãos e ela está pronta para ser usada.
Obs: Se você quiser pode passar um verniz para dar brilho na peça e também para impermeabilizá-la.

Receita de Massa de Modelar

Receita 01:
Aprenda a fazer massa para modelar e depois solte a imaginação. Mas, não esqueça que um adulto deve estar por perto. Ingredientes 1 xícara de bicarbonato 1/2 xícara de amido de milho 2/3 de xícara de água morna corante vegetal, tinta guache ou suco em pó Modo de fazer Misture o bicarbonato e o amido de milho numa panela. Acrescente a água e misture novamente. Peça para um adulto ferver até obter a consistência de um purê. Depois, deixe esfriar, amasse e acrescente o corante escolhido



Receita 02:
ingredientes: - 4 medidas de farinha de trigo - 2 medidas de sal - 2 medidas de água - 1 medida de vinagre - 1 medidas de tinta guache modo de preparo: pegue tudo e misture em uma tigela. jogue primeiro a farinha de trigo e o sal. depois, a água e o vinagre e, por último, a tinta guache. misture bem, e enrole a massa com a mão até que fique bem igual é isso... o senac indica como colher, como não sabia qual e por poder ser qualquer coisa desde que se mantenha a proporção, escrevi medida, pra cada um fazer o quanto der vontade. "daí é só deixar a garotada usar a imaginação!"



Receita 03:
Que tal aproveitar uma tarde livre ou o fim de semana fazendo esculturas, colares, brincos, porta-coisas ou modelando o que você quiser? Trazemos para vocês uma receita para fazer massa de modelar. Sim, aquela massinha que sempre temos na escola, que é uma delícia de brincar. Anotem aí que é muito fácil, rápido e econômica! - 1 xícara (chá) de farinha de trigo - 1 xícara (chá) de sal - Água Para fazer a massa, misture a xícara de sal com a de farinha de trigo em uma bacia grande. Em seguida vá colocando água bem devagar e mexa sem parar, até que a massa fique bem juntinha, homogênea e não grude mais na mão. Já está pronta! Faça o que quiser e pode pintar também. Divirta-se!
Receita 04:
Ingredientes: 3 xícaras de farinha de trigo 1 xícara e meia de sal 6 colheres de chá de cremor de tártaro. Caso não ache, pode substituir por fermento em pó. 3 1/4 xícaras de água 3 colheres de óleo Corante alimentício (anilina colorida nas cores que você quiser) Misture todos os ingredientes secos juntos em uma panela grande até que não hajam pedaços. Misture os ingredientes úmidos (exceto o corante alimentício) até que não permaneçam pedaços. Cozinhe em fogo alto por 3-4 minutos, até que uma massa se forme. Separare em várias porções, adicione corante alimentício em cada porção separada e amasse até a cor ficar uniforme. Armazenar em recipientes hermeticamente fechados.

Receita 05:
4 xic de chá de Farinha de Trigo
1 xic de chá de Sal
1 + 1/2 xic de chá de água
1 colher de óleo
Colorir com anelina ou tinta guache
Não precisa ir ao fogo

Tinta caseira


Receita de Tinta Caseira 1:
Ingredientes:
- Pó de pintor
- Goma arábica
- Água
- Glicerina
Modo de Preparar: Para uma medida de pó corante, uma medida de goma arábica. A água é acrescentada aos poucos. Bata bem até obter uma pasta cremosa e consistente. Você pode acrescentar uma colher de glicerina e continuar batendo. Guarde em vidros bem fechados, com um pouco de água sobre a pasta.

Receita de Tinta Caseira 2:
- 1 colher de sopa de gesso.
- 2 colheres de sopa de goma arábica
- 2 colheres de sopa de pó corante
- 1 colher de sopa de Lysoform bruto.
- Água que baste para obter a consistência desejada.
Modo de Preparar: Misture tudo muito bem e coloque gesso por último.

Receita de Tinta Caseira 3:
- 2 colheres de sopa de pó corante ou anilina.
- 2 colheres de sopa de goma arábica
- 2 colheres de sopa ( ou mais) de água.
- 1 colher de sobremesa de álcool
- 2 ou 3 gotas de glicerina.
Modo de Preparar: Misture tudo muito bem.

Receita de tinta caseira 4
Material: 1 litro de água; 1 xícara de chá de farinha ou amido de milho; 3 colheres de sopa de vinagre; anilina ou guache (diversas cores).
Preparo:
1. Misture bem a farinha e a água e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até conseguir um mingau uniforme, não muito grosso.
2. Deixe esfriar e junte o vinagre.
3. Divida a massa em vidros, tipo de maionese, e acrescente a anilina ou o guache (uma cor em cada vidro).
4. Conserva-se bem por aproximadamente 1 mês se mantido bem fechado.
5. Para usar, distribua entre as crianças pedaços de cartolina.
6. Retire a tinta do pote com uma colher e deixe-as desenhar com as mãos.
7. Coloque os trabalhos para secar à sombra.