20/01/2016


Projeto Matemoteca

 

Título Matematicando

 

Justificativa:

         A matemática apesar de essencial na nossa vida torna-se, mais cedo ou mais tarde, um “bicho-de-sete-cabeças” para todos.
Lidar com matemática é, antes de tudo, oferecer a criança à oportunidade de agir, e posteriormente levá-la a refletir acerca de suas ações; reviver em pensamento os acontecimentos que acabaram de se desenvolver, antecipar o que poderia vir a acontecer, procurar, prever...
            Segundo a teoria das inteligências múltiplas, não podemos ser bons em tudo, mas isso não significa que devemos odiar aquilo de que não gostamos (disciplinas), pelo contrário, devemos tentar aprende de tudo e, quando isto é feito de maneira prazerosa, sem sofrimento, torna-se mais fácil.
           Acreditando que a aprendizagem é um processo e que a Educação Infantil é fundamental, procuraremos através da matemoteca desmistificar a aprendizagem da matemática, utilizando, principalmente, jogos e materiais para contagem, desenvolvendo desde cedo o raciocínio-lógico dos alunos de uma maneira fácil e gostosa, preparando-os para aprendizagens mais complexas no futuro. A pré-escola é um estágio de fundamental importância que pode minimizar os problemas de repetência, de evasão e de adaptação, além dos problemas de aprendizagem.
          Nosso ideal é criar um espaço onde professores e alunos tenham variedade de materiais e jogos, especialmente preparados para o ensino da matemática.
          O ambiente proposto deve ser um ambiente positivo que encoraje os alunos a propor soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, justificar seu raciocínio e validar suas próprias conclusões.
         Nesse ambiente, a autonomia deverá ser estimulada e os erros farão parte do processo de aprendizagem, deverão ser explorados e utilizados de maneira a gerar novos conhecimentos, novas questões, novas investigações num processo permanente de refinamento das idéias discutidas.
        No ano da Matemática e dois Ciências Naturais sentimos necessidade de reorganizar o espaço já existente, visando melhorar o trabalho neste eixo.

Objetivos:

  • Criar um ambiente matemático adequado para a aprendizagem das crianças com materiais variados, de forma criativa e prazerosa.
  •   Desenvolver o raciocínio-lógico-matemático;
  • Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano;
  •  Estimular a natural curiosidade e criatividade da criança dando-lhe oportunidade de descobertas e inovações num ambiente rico em desafios e de liberdade de questionamentos;
  • Estimular a criança a pensar e a descobrir soluções, propondo situações desafiadoras adequadas a sua faixa etária;
  • Comunicar idéias matemáticas, hipóteses, estratégias, processos utilizados e resultados encontrados em situções-problema, utilizando a linguagem oral e matemática;
  • Explorar objetos em suas diferentes características.
  •  Estabelecer relações temporal;
  •  Experimentar e discriminar as relações espaciais;
  •   Utilizar cálculos simples;
  • O  Estimular o aluno a identificar e corrigir seus erros e socializar suas descobertas através do oral e do escrito;
  •  Identificar e trabalhar com cédulas e moedas em atividades práticas.

 
Ações:

  •  Reorganização da matemoteca numa sala ambiente da U.E. que será usada pelos professores e alunos para o ensino da matemática;
  •  Organização dos cantos onde os materiais ficarão dispostos (canto dos jogos, canto dos números, canto das medidas e canto da geometria);
  •  Aquisição de jogos e materiais variados;
  •  Organização dos jogos e materiais de acordo com sua finalidade;
  •  Confecção de jogos e materiais em EVA e com sucata;
  • Capacitação dos professores;
  •  Desenvolvimento de regras para utilização da matemoteca e dos materiais;
  •  Trabalho com jogos para estimular o raciocínio-lógico-matemático;
  •  Utilização de jogos de regras simples para o ensino dos conteúdos matemáticos determinados no plano de curso;
  •  Confecção e uso de calendários;
  •  Aulas práticas com cédulas e moedas que podem ser confeccionadas pelos alunos;
  •  Organização, conservação, manutenção e conserto dos jogos e materiais pelos alunos.

Público Alvo: alunos de 4 a 6 anos

Período de Realização: Ano Letivo

Recursos Utilizados:

            Canto das Medidas: balanças, relógios, dinheiro (cédulas e moedas de brinquedo), réguas, fitas métricas, palitos, canudinhos, barbante, canecas graduadas, termômetro.
            Canto dos Números: ábacos, botões e caixas numeradas, fichas, material dourado, barras de Cuisenaire, números emborrachados e de madeira, palitos, números em lixa, seqüência numérica, números de madeira ou emborrachados com pinos (quantidade). 
           Canto da Geometria: figuras planas, sólidos geométricos,  mosaico, esquadros, réguas, blocos lógicos, tangram, torre de Hanoi, cubos de empilhar (ordem crescente e decrescente).
            Canto dos Jogos: jogos de armar, tabuleiro e percurso, varetas, dados, dominós, baralho, dama, trilha, ludo, resta um, quebra-cabeças, memória, mico, amarelinha, bingo e outros confeccionados pela coordenadora, professores e alunos.
            Papéis variados: sulfites, cartolinas, fantasia, quadriculado, milimetrado.
            EVA de várias cores.

 

Projeto “Resgatando Valores através das Brincadeiras, Artes e Meio Ambiente

A – Justificativa:

            A criança por si só é um ser lúdico, adora brincar, cantar, pintar, desenhar, construir, vivenciar, etc. Por outro lado, é preciso formar cidadãos conscientes dos problemas que nosso meio ambiente vem passando e praticar pequenas ações para tentar minimizá-las, fazendo, dessa forma, nossa parte.

            É de fundamental importância trabalhar com as brincadeiras na educação infantil, pois o brincar coletivamente faz despertar a ajuda m,útua. Paralelamente, precisamos criar meios para o desenvolvimento de um ser criativo que caminhe entre as mais diversas formas de expressão de arte e, também criar condições para que nossos alunos aprendam a respeitar e preservar o meio ambiente

            Pensamos, então em juntar tudo isso e, de forma lúdica, prazerosa e interdisciplinar, trabalahar com atividades significativas para as crianças, tentando resgatar os valores que hioje estão esquecidos. É importante resgatar os princípios e valores humanops no convívio escolar, pois estamos plantando sementes que deverão se multiplicar; as crianças servirão como agentes multiplicadores na famílias e consequentemente em nossa comunidade.

            Para a realização deste projeto contamos com o envolvimento direto de nossos professores e indiretamente de todos os funcionários que trabalham na unidade escolar.

 

B – Objetivo Geral:

            Proporcionar o maior número de experiências e descobertas através das brincadeiras, artes (plásticas, muiscal e cênica), desenvolvendo o respeito ao meio ambiente e a capacidade de seguir regras e praticar os valores humanos.

 

C – Objetivos Específicos:

l  Aprender através de diversas brincadeiras alguns valores humanos;

l  Expresar através de diversas técnicas de arte seus sentimentos e criatividade;

l  Vivenciar no dia a dia escolar aspectos de respeito e preservação ao meio ambiente;

l  Resgatar as brincadeiras infantis;

l  Introduzir palavras de gentileza no vocabulário de todos os envolvidos no projeto e fazer uso das mesmas;

l  Desenvolver hábitos de respeito próximo (Lei nº 2.683 de 11 de março de 2010);

l  Estimular mudanças de atitudes;

l  Desenvolver hábitos de responsabilidade;

l  Desenvolver a capacidade de tomar decisões e respeitar regras;

l  Estimular a criança a pensar e a se expressar nas mais variadas linguagens.

 

D – Ações:

l  Campanha de recolhimento de óleo de cozinha e pilhas usadas;

l  Oficina de formação em serviço com os professores em RAP e REC;

l  Releitura de obras de artistas conhecidos;

l  Audição de Cds variados;

l  Brincadeiras de roda, corda, mão, faz de conta, de quintal, tradicionais, atuais, etc;

l  Construção de brinquedos e jogos com material de sucata;

l  Retomada da hora do canto diariamente, estipulado no horário das classes;

l  Oficina de artes uma vez por mês com tempo de 2 horas / aulas (1h e 30 minutos);

l  Utilização diária de palavras de gentileza;

l  Rodas de conversa, leitura detextos, fábulas, contos e histórias infantis interessantes para se trabalhar valores;

l  Quadro de reconhecimento onde será divulgada toda e qualquer atividade interessante, gentileza realizadas e atitudes corretas realizadas por qualquer pesoa da comunidade eescolar;

l  apreciação de filmes e desenho infantil com fundo moral;

l  Cartazes com frases sobre valores e mensagens positivas;

 

E – Público Alvo: alunos da unidade escolar

 

F – Duraçãop: Durante todo a ano letivo

 

G – Responsáveis: Equipe técnica, professoras e toda a comunidade escolar

 

H – Recursos Utilizados:

            Cordas, bolas, sucatas, bambolês, Cds com músicas variadas, aparelho de som, DVDs, tintas diversas, pincéis, telas, papéis variados, EVA, instrumentos musicais, materiais reciclados e reutilizáveis diversos, livros de histórias, fantasisas, fantoches, cartazes, computadores, etc.

 

I – Produto Final:

            Exposição das obras de arte e dos brinquedos construídos pelos alunos. Oficina de brincadeiras com os pais.

 

J – Avaliação:

            Será constante, através da observação diária dos professores tentando perceber mudanças nas atitudes dos alunos pela assimilação dos valores trabalhados.

 

Brincadeiras Infantis nas aulas de Matemática

     Em matemática, utilizar brincadeiras infantis como atividade freqüente significa abrir um canal para explorar idéias referentes a números de modo bastante diferente do convencional. Enquanto brinca, a criança pode ser incentivada a realizar contagens, comparações de quantidades, identificar algarismos, adicionar pontos que fez durante a brincadeira, perceber intervalos numéricos, isto é, iniciar a aprendizagem de conteúdos relacionados ao desenvolvimento do pensar aritmético. O brincar proporciona oportunidades de perceber distâncias, desenvolver noções de velocidade, duração, tempo, força, altura, além da geometria com suas noções de posição no espaço, de direção e sentido, discriminação visual, memória visual e formas geométricas. É muito importante estimular o registro pictórico depois das brincadeiras.

Eis algumas brincadeiras que poderemos explorar nas aulas de matemática.

1-     Amarelinha: um diagrama riscado no chão que deve ser percorrido seguindo-se algumas regras estabelecidas. Desenvolve a noção espacial e auxilia diretamente na organização do esquema corporal das crianças.

·        Tradicional

·        Caracol ou rocambole

2-     Bola: auxiliam no desenvolvimento de habilidades como noção de espaço, tempo, direção sentido, identificação e comparação de formas geométricas (bola e circulo), contagem, comparação de quantidades, noção de adição.

·        Boliche: direção, impulso, força, coordenação viso-motora, noção de espaço.

·        Batata quente: concentração, percepção auditiva, e coordenação dos movimentos no ritmo e tempo em que a professora fala.

·        Alerta: o jogador que está com a bola grita um nome e joga a bola para cima. A crianças chamada deve pegar a bola e continuar a brincadeira. (percepção auditiva, agilidade e destreza)

·        Bola ao cesto: noção de direção, sentido, localização, contagem, comparação de quantidades.

·        Queimada

3-     Corda: desenvolvimento do pensamento lógico-matemático através das relações espaço-temporais

·        Cabo de guerra: Neste jogo as crianças pensam sobre o número de participantes, na igualdade de força, divisão de equipes e noção de limite

·        Aumenta-aumenta: duas crianças seguram as pontas de uma corta e vão aumentando enquanto os colegas pulam. Desenvolve a noção de medida e espaço.

·        Chicotinho queimado. As crianças em circulo e uma no meio com uma corda sendo segurada por uma das pontas. Este vai rodar a corda tentando acertar os pés das demais que pulam para não serem atingidas. Saem quem for tocado pela corda.

·        Zerinho: desenvolve a coordenação espaço-temporal (distancia velocidade e corrida). A criança deve passar pela corda sem ser tocado por ela.

5-     Brincadeiras de perseguição: desenvolve a habilidade para resolver problemas, relações temporais, espaciais e numéricas e a avaliação de distância e velocidade – todas essas noções estão relacionadas a noções de números, medidas e geometria.

·        Coelho sai da toca

·        Barra manteiga: crianças divididas em dois grandes grupos, ficam frente a frente, sobre duas linhas paralelas, uma criança (o fugitivo) de um grupo vai até a outra equipe e bate na mão dos colegas, e mais fortemente na mão de um (o desafiado). Este corre atrás do fugitivo. O fugitivo estará salvo atrás de sua linha.

·        Mãe da rua: a mesma disposição do barra manteiga, só que agora um passa para o campo do outro pulando num pé só. A mãe da rua (a criança que vai pegar) tenta tocar as crianças durante o percurso. O perseguido passa a ser o perseguido.

·        Esconde-esconde: contagem, noção de adição e subtração (quantos já peguei? Quantos faltam pegar)

6-     Brincadeiras de roda: desenvolve a coordenação sensório-motora, educa o senso rítmico, desenvolve o gosto pela musica e disciplina emoções como timidez, agressividade e prepotência. Desenvolvem também as noções de tempo, de espaço, contagem e noção de par.

·        Se eu fosse um peixinho

·        Carneirinho carneirão

·        A canoa virou

·        Galinha do vizinho

·        Corre-cutia

7-     Outras brincadeiras

·        Eu com as quatro: coordenação viso-motora. Noção de espaço, direção e força.

·        Paredão: coordenação motora, noção de direção, impukso, força, equilíbrio. Nessa brincadeira a criança joga a bola na parede pegando-a quando retorna, enquanto fala:
Ordem, em seu lugar
Sem rir, sem falar
Um pé (elevar um pé)
Com o outro (eleva o outro pé)
Uma mão (inutilizar a esquerda)
A outra (inutilizar a outra)
Bate palmas
Piruetas
Trás e frente
Mãos em cruz
meu bom Jesus (mãos em posição de prece)

Bibliografia recomendada:

Coleção “Matemática de 0 a 6” - Kátia S. Smole – Artmed

·         Brincadeiras Infantis nas aulas de matemática

·         Resolução de problemas

·         Figuras e formas

A matemática na Educação Infantil – A teoria da Inteligências múltiplas na prática escola- Kátia S. Smole

O ensino da matemática na Educação Infantil – C. Cerquetti

As cem linguagens das crianças – Gandinio e Forman__._,_.___

19/01/2015

LEITURA E ESCRITA

Após estudos de pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky  evidenciou-se a necessidade de se efetivar substanciais mudanças nas estratégias de ação, na área da Pré-Escola, no sentido de se conduzir o processo de alfabetização, observando e respeitando as idéias originais que as crianças já trazem quando entram na Escola e a natureza e função desses objetos do conhecimento a serem apropriados pelos sujeitos que aprendem.
Que atividades favorecem a compreensão e evolução da escrita?
Procurando criar uma pratica calcada nos pressupostos teóricos das mencionadas cientistas, professores e técnicos se empenharam na criação e/ou adaptação de atividades que propiciassem à criança, oportunidades de compreensão e evolução, respeitando-se suas hipóteses originais, ritmo e interesses, sem descuidar dos conflitos cognitivos(obs: certo e errado) que provocam o surgimento de novos esquemas de interpretação.

Além dos conhecimentos teóricos norteando a ação, as próprias crianças forneceram indicadores quanto à propriedade das atividades, procedendo-se a alteração ou supressões, colhendo sugestões das próprias crianças, conforme o feed back apresentado.

O preparo e postura da professora constituem aspectos muito importantes, pois ela precisa acreditar:

- na capacidade da criança que aprende;

- que o sistema da Linguagem Escrita é reinventado pelos alunos;

- que a criança evolui construindo e reformulando suas hipóteses;

- que não é necessário “ensinar” o tempo todo, mas possibilitar interações, interlocuções, confrontos e troca de pontos de vistas;

- que os conflitos são benéficos e necessários, pois, provocam o progresso cognitivo;

- que é preciso criar um clima propício à socialização do saber e intercâmbio de opiniões;

- que o aluno tem a sua maneira própria de aprender.
Sem essas condições, qualquer atividade sugerida nesse trabalho poderá degenerar-se em praticas tradicionais de ensino, num enfoque empirista (de fora para dentro), se o professor não acreditar ou desconhecer a gênese de evolução da criança em relação à Lecto-Escrira.

Visando colaborar com professores da Pré-Escola que desejam atuar numa linha construtiva, apresentamos, a titulo de sugestões, atividades que foram inicialmente criadas e desenvolvidas por algumas professoras da Pré-Escola – SESIMINAS.

Enfatizamos que a reação da criança ante a atividade proposta, deverá servir de parâmetro quanto à definição de sua propriedade, naquele momento.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES

1 – Atividades envolvendo o primeiro nome dos alunos.

- Uso de crachás.

• Seria interessante que a idéia para o uso dos crachás partisse das próprias crianças.

• As fichas deverão ter o mesmo tamanho e o nome escrito em letra de imprensa maiúscula.

• Poderá ser feito uma espécie de “colar”, fazendo-se dois furos na ficha para se amarrar um cordão, ou colocar a ficha no plástico próprio de crachá.

• Durante um certo tempo, as crianças usarão esse colar (crachá), em uma parte do dia.

• No início, caso as crianças ainda não identifiquem o nome, a professora poderá ler a ficha, no momento da distribuição. Posteriormente, as crianças saberão qual é a ficha que contém o seu nome.


­ Chamada usando o cartaz de pregas.

• Se possível, colar o retrato da criança em uma pequena ficha, separada do nome, colocando-a no cartaz de pregas. Essa forma possibilitará o uso dos retratos em outras atividades.

• Colocar as fichas dos nomes no centro da rodinha. Cada criança no momento da chamada, procura o seu nome e o colocara ao lado do seu retrato, no cartaz de pregas.

• Outra forma seria a própria criança fazer um desenho que possa constituir o indicador de sua ficha.

• Apresentar para a classe, uma ficha de cada vez, deixando que os alunos descubram onde o seu nome está.

Variações:

• Colocar todas as fichas no centro da rodinha e assim que encontrar o nome, a criança deverá explicar porque ela sabe que aquele é o seu nome.

• Se surgir alguma confusão, no caso de nomes parecidos, deixar que as próprias crianças resolvam a situação, buscando outros indicadores que possam ajudá-las na identificação.

• Distribuir as fichas nas mesinhas para que cada criança identifique o seu lugar.

• Fazer um barco grande e bem colorido, pregando-o no mural. Fazer fichas com nomes das crianças e colocá-las espalhadas no centro da rodinha.

Cantar:

“Que coisa boa é navegar. Coloca

Marcelo”.

Seu nome no barco.

Olé, olé, olé, olá.

Cuidado pra onda não te molhar”

A criança, cujo nome foi citado, deverá procurá-lo e colocá-lo no barco, se possível, antes de terminar o canto. Repetir até que todas as fichas se encontrem no barco.

­ Etiquetar os materiais individuais das crianças, colocando os nomes nas pastas, merendeiras, cadeiras, etc.

Obs.: As etiquetas devem ser feitas pela professora para garantir o mesmo tipo de letras, o que favorecerá a identificação e a permanência do registro.

­ Atividade de classificação:

• Os alunos poderão classificar as fichas dos nomes, colocando juntas as que se parecem em alguma coisa.

Obs.: Em geral as crianças observam primeiro as letras iniciais depois as finais, e finalmente letras intermediárias.

Variação:

• Pedir por exemplo que as crianças, cujos nomes comece como Danielle, fiquem de um lado, ou formem um grupo, as que comecem como Evaldo, fiquem sem outro lugar, de acordo com o que for combinado antes com elas, e assim por diante.

­ Fichas com os nomes havendo correspondência do tamanho da ficha com o nome.

Ex:

• Além das atividades de identificação, as crianças poderão trabalhar com fichas em classificação, seriação e conservação (quantidades discretas), sendo esta última, através do jogo “Bingo”, usando feijão ou milho para fazer a marcação e fichas com letras isoladas.

Dinâmica:

• Cada criança identifica e recebe o seu nome. A professora apresenta uma letra de cada vez, podendo dizer o seu nome se quiser, ou se as crianças perguntarem. Caso o nome tenha a letra apresentada, o aluno marcará com o feijão ou milho.

• No final os alunos farão a comparação, 2 a 2. para verificar quem precisou de mais feijão, porque o outro precisou de menos, e assim por diante.

­ Fichas sem correspondência de tamanho, ou seja, um nome grande com uma ficha pequena e um nome pequeno em uma ficha maior.

Ex:
Explorar:

Quantidades discretas: Qual nome é maior?

• Por que ele é maior? (observar se a criança se guia pelo número de letras ou pelo tamanho da ficha).

• Qual é a ficha maior? (comparar a ficha maior com o nome maior).

• Agrupar as fichas que possuem o mesmo número de letras.

O jogo do “Bingo” poderá ser feito nessas fichas, possibilitando à criança perceber que embora a ficha seja grande, ela usou poucos feijõezinhos para marcar as letras.

Obs.: Acreditamos que essa atividade ajudará a criança a evoluir-se em relação ao Realismo Nominal, quando se liga ao tamanho do referente.

­ Brincadeira do trenzinho

Música:

Lá vem o trenzinho, bem enfileirado e

o maquinista puxa a manivela.

Alô, alô, que entre o ... (ficha com o nome de um aluno).

Obs.: O maquinista que será a professora (do início) apresenta uma ficha com o nome de uma das crianças. Esta deverá reconhecer seu nome e se agarra ao trenzinho. A brincadeira continua até que toda a turma tenha se incorporado ao trenzinho.

­ Recorte de letras

• Procurar, em revistas e jornais, várias letrinhas, recortá-las e formar o nome, colando-as numa folha. (Não como dever de casa para evitar que os pais façam pela criança). O confronto da produção da criança com a ficha poderá ocorrer se alguém, por iniciativa própria, quiser comparar. A professora não precisa provocar esse confronto, de início.

­ Objetivando chamar a atenção das crianças para a letra seguinte à inicial, a professora poderá pegar as fichas cujos nomes têm as mesmas iniciais (Luciano, Lílian, Leonardo, etc), cobrindo o restante do nome, deixando só a inicial à vista.

Dizer: de quem será? Mostrar em seguida a 2ª letra do nome Luciano pra ver, por exemplo, se a Lílian ainda acharia que a ficha seria do seu nome.

Explorar bastante as situações que surgirem, evitando apresentar soluções, mas esperando a criança descobrir.

2 – Ditado:

­ Ditado individual para sondagem quanto ao nível de evolução da criança, ou para oportunizar o exercício da atividade, escolhendo-se palavras familiares à criança, com diferentes números de silabas.

Ex.: boneca, bola, pé, elefante, casa, mão, formiguinha, peteca, etc.

Obs.: Não é necessário que as crianças identifiquem essas palavras, bastando que as mesmas representem coisas conhecidas e que sejam do interesse da criança.

Para avaliar o nível em que a criança se encontra, é necessário observar a produção e o progresso. Por isso, logo após a escrita de cada palavra, a professora deverá pedir que a criança leia a palavra que escreveu, apontando com o dedo.

Observar:

• Se a criança lê de forma global;

• Se faz a correspondência de uma letra para cada emissão de voz;

• Existência de formas fixas, etc;

• Se sobrar letras, pergunta, a criança se poderá tirá-las ou não;

• Explorar a produção da criança de modo a identificar o nível em que se encontra.

• Terminando o trabalho, anotar no verso as observações que forem julgadas necessárias, colocando a data para que possa acompanhar sua evolução.

­ Ditado de palavras para as crianças escreverem em conjunto (pequenos grupos compostos de crianças de diferentes níveis, porém não muito discrepantes, a fim de evitar que domine toda a situação).

• Embora em grupo, cada criança vai escrever na sua folha, ou seja, todas escrevem a mesma coisa, podendo trocar informações.

• Uma só criança escreve e as outras observam, podendo interferir, colaborando na construção.

• Cada criança escreve palavras diferentes, podendo ser o nome próprio, nomes de outras pessoas, de frutas, etc. (própria para os níveis finais de evolução).

Obs.: Esse trabalho em grupo possibilitará a interação entre as crianças, com apresentação de diferentes pontos de vista, favorecendo também os “movimentos de interlocução”, de fundamental importância no processo de construção da escrita.

A professora deverá observar como se efetivam as interações, facilitando o intercâmbio, porém, sem interferir com correções ou opiniões sobre o “certo” e o “errado”.

As crianças poderão buscar ajuda de colegas, ditar letras, olhar produções uns dos outros, se quiserem, num clima de espontaneidade, sem que haja a cobrança da professora para apresentação da forma convencional.

O produto final será aceito do jeito que o grupo apresentar, respeitando-se a fase em que a criança se encontra, na trajetória de sua evolução, a fim de não tirar o apoio lógico, no qual está embasada sua capacidade de compreensão.

O ato de produção da escrita (sem ser cópia) levará os alunos a “refletirem sobre a pronúncia para pensarem a escrita”.

As crianças aprendem a escrever, escrevendo e é nesse esforço que elas vão experimentando e aprendendo as normas da convenção.

­ Ditado de palavras fazendo-se antes a analise oral das mesmas. Ex.: Peteca

• Tem a nessa palavra?

• Tem i?

• Tem e?, etc.

• Com qual letra ela começa?

• Como ela termina? E assim por diante. (Mencionar letras que têm e que não têm na palavra ditada).

Após a analise oral, as crianças escrevem a palavra do jeito delas. Obs.: atividade recomendada para os níveis: silábico, silábico-alfabético e alfabético.

3 – Mural de unidades de estudo

(frutas, aves, insetos, etc).
colocar as figuras e os respectivos nomes, sem preocupação com a retenção da palavra.

O objetivo é que a criança conviva com farto e variado material escrito, propiciando as descobertas quanto às diferenciações e semelhanças do sistema de representação da escrita.

4 – Quadro de palavras
Escrever em fichas e expor no quadro, durante algum tempo, palavras surgidas em textos e outras situações de sala, sendo essas palavras selecionadas pelas crianças, a fim de ser garantida a ligação afetiva que suscita o interesse.

5 – Aproveitar desenhos das crianças para que escrevam, abaixo, o nome (etiquetagem), do que foi desenhado, de acordo com o nível da psicogênese em que cada um se encontra.

6 – Desenhar o que quiser e escrever o nome. (valem as mesmas observações do item anterior).

7 – Apresentar desenhos para as crianças usando letras recortadas de revistas ou de material mimeografado.

8 – Usar letras recortadas em jornais, revistas, etc, para classificação, seriação, conservação (discretas) e brincadeiras de “mercadinho de letras”.

Essa brincadeira pode ser conduzida da seguinte forma:

• Algumas crianças se encarregam do mercadinho.

• Vão vender as letras.

• As outras vão comprar as letras que precisam para compor as palavras que quiserem formar.

Ao final a professora observará as palavras que formaram (ditas pelas crianças), podendo observar nível de evolução, existência de formas fixas, etc.

Obs.: Incluir nas atividades com letras recortadas, sinais de pontuação e numerais, observando se a criança faz uso dos mesmos como se fossem letras ou quais as reações que aparecem.

9 – Brincadeira da forca
Escolhe-se o nome de uma criança (Renata, por exemplo).

Faz-se a analise oral da palavra.

(ver atividades nº 2, 3)

Desenhar-se a “forca”


CANTINHO DAS LETRAS REJEITADAS

As crianças vão falando as letras que acham que tem na palavra.

A professora faz a sondagem com as outras crianças, para ver se elas acham que tem aquela letra na palavra e se a mesma deverá ficar no principio, meio ou fim da palavra.

No caso de ter a letra, a professora colocará no lugar definido pelas crianças, ou as próprias crianças poderão colocá-la.

Se não tiver a letra desenha-se uma parte do boneco na forca e registra a mesma ao lado (local combinado com as crianças, onde serão colocadas as letras mencionadas que não entram na palavra).

Se o boneco ficar pronto antes das crianças completarem a palavra, considera-se que a turma foi enforcada. Se as crianças formarem a palavra antes do boneco ser completado, a professora é que será enforcada, ou outra forma que a classe sugerir.

Obs.: A professora procurará dar a vez a todas as crianças, pedindo para falar uma letra que tem naquele nome ou perguntando se tem à letra que o colega falou. Assim todas as crianças (pré-silábicas, silábicas e alfabéticas) participarão da brincadeira. Todos ficam muito atentos e torcendo para que os colegas falem letras que entram na composição da palavra, para evitarem a forca.


10 – Uso de palavras em destaque, dentro do centro de interesse do momento para:
• Fixar no mural, com ou sem desenho.

• Colocar na caixa de palavras da classe.

• Classificação.

• Seriação.

• Conservação e montagem da palavra em destaque.

• Montagem de palavras novas usando silabas recortadas.

Obs.: A professora chama a atenção das crianças para ver de quantas vezes, falamos determinada palavra. Depois pede que recortem a palavra, separando esses pedacinhos. (Aceitar qualquer forma apresentada).

Com as partes recortadas, poderão formar outras palavras, de acordo com a evolução de cada um.

Essas atividades que envolvem sílabas, na forma escrita, só deverão ser desenvolvidas com os alunos alfabéticos.

11 – Poesias
Trabalhar oralmente a poesia.

Registrá-la em cartaz ou em folha mimeografada para a criança ilustrar (função de registro).

12 – Elaboração de textos (coletivo ou individual).
Se coletivo as crianças ditam e a professora escreve no quadro ou cartaz.

• Registros de novidades trazidas pelas crianças.

• Registro de acontecimentos ocorridos na sala ou na Escola.

• À vista de gravuras sugestivas.

• Estórias mudas.

• Estórias seriadas (com ou sem gravuras).

• Inventar estórias em capítulos, mimeografar para as crianças desenharem ilustrando os fatos.

• Cartas e bilhetes.

 Para colegas faltosos.

 Para colegas doentes.

 Para colegas de outra sala.

• Bilhetes que a professora envia para alguém e que as crianças tentam adivinhar o seu conteúdo. Posteriormente, a professora lerá o bilhete para a classe ouvir.

• Noticias para o jornalzinho da classe.

• Outras situações.

Obs.: Nessas oportunidades de construção de textos, explorar:

Como as crianças são organizadas na frase, quantos espaços existem em determinadas frases, pontuação, parágrafo e tudo mais que as crianças forem capazes de perceber.

Importância de se escrever algo à vista das crianças.

• Valorização de suas idéias.

• Analise de aspectos espaciais e motores.

• Direção da escrita.

• Sinais gráficos.

• Possibilidades da descoberta de que se escreve tudo que se pronuncia.

• Provocação de conflitos, que favorecem a evolução.

• Fonte de informações em vários níveis.

Os textos produzidos devem ser trabalhados posteriormente:

• As crianças tentam lembrar o que ditaram.

• Localizar a frase onde está escrito tal coisa.

• Numerar as frases do texto.

• Procurar as palavras que conhece.

• Remontagem do texto que pode ser recortado em frases.

• Outras de acordo com a evolução.

Para quem vamos escrever e por que?

• Para que outras pessoas possam ler o que inventamos.

• Para os pais ou diretora ficarem sabendo.

• Para que o outro turno saiba que ganhamos um coelhinho, etc.

Injunções da metalingüística

As crianças, no contato com textos, irão percebendo que usamos alguns sinaizinhos diferentes de letras, mas que são necessários na escrita (:), (.), (?), etc.

Explicar, em linguagem clara, de modo que a criança possa entender porque usamos esses sinais.

Com relação ao parágrafo, quando a professora for registrar no quadro uma estória, combinar que deixará um pedacinho (espaço) para que todos saibam que a estória está começando.

Observar ainda os títulos das estórias, poemas, musicas, rimas, etc.

Os textos poderão ainda ser interpretados fazendo-se perguntas, através de desenhos, dramatização, imitação, etc. (função semiótica)

13 – Distribuir folhas com gravuras de Unidade em estudo e varias fichinhas de palavras para a criança procurar a palavra e colocar debaixo da gravura.

Ex.:

MAÇÃ



UVA



PÊRA

14 – Usar um caderno de desenho, para arquivar estórias inventadas pelas crianças, casos acontecidos em sala de aula ou na Escola, outros.

15 – Criar frases sobre desenhos ou gravuras.

16 – Completar frases:

Meu nome é __________________________________

Estamos no mês de _____________________________

17 – Cruzadinha

Primeiro apresentar o desenho com espaço para a criança escrever o nome.

Ex.:
18 – Recortar pequenas estórias com ilustrações, colar em cartolina e colocar no cantinho dos livros para a exploração da criança.

19 – Dominó
Desenho e escrita em fichas, de acordo com algum assunto em estudo. Ex.: animais, plantas, frutas, etc.

Variação:

No final do 3º período, se a professora já estiver abordando a transposição para a letra cursiva, poderá organizar um dominó, com palavras conhecidas, usando as duas formas de letras.

20 – Telefone sem fio
Fazer uma ficha com uma palavra.

A criança lê a ficha, ou caso não de conta, a professora diz baixinho no ouvido da criança que vai começar a brincadeira.

No final, a professora escreverá a palavra que foi dita pela ultima criança e as mesmas vão verificar se é a mesma palavra.


21 – Jogo de “fedo”
Organizar duas fichas iguais, de cada palavra. Esconder uma ficha no inicio do jogo.

As crianças vão “casando” as fichas iguais. Quem ficar com a ficha sem para ser o “fedo”.

22 – Mini-dicionário
Organizar com os alunos um dicionário:

• Usar palavras importantes surgidas no dia-a-dia da sala e selecionadas pelos alunos.

• Explorar o significado dessas palavras, as características de pessoas conhecidas, etc.

23 – Uso de dicionário para pesquisa de significado e maneira convencional de escrever.

24 – Álbum de receitas (para o dia das mães)
O álbum poderá ser composto de receitas experimentadas e selecionadas pelas crianças, na classe.

Ex.: Depois que fizerem um bolo, com base na receita colocada no quadro, as crianças poderão ditar para a professora escrever no estêncil, os ingredientes e o modo de preparo. Depois cada aluno vai tirar a sua copia no mimeografo. Posteriormente organizarão o caderno de receitas, dando oportunidade a cada um de fazer a capa de seu caderno e de escrever o seu recadinho para a mamãe, oferecendo o presente.

25 – Planejamento diário (escrito no quadro ou em fichas)
Esse planejamento será feito com as crianças, devendo o professor também apresentar suas sugestões.

26 – Lojinha
Uso de embalagem, rótulos, fichas.

As compras podem ser feitas com o próprio rotulo ou a ficha da palavra correspondente.

No caso de frutas, a compra pode ser feita com a ficha que contem a palavra.

27 – Biblioteca
Usar a ficha com o nome do livro para retirá-lo da biblioteca.

28 – Classificar palavrinhas conhecidas que vão sendo estudadas no desenvolvimento das unidades e outras atividades que poderão ser guardadas na “caixa ou baú das palavras”.

29 – Usar fichas de palavras e pedir as crianças que as recortem como devem ser separadas.
Ex.: BO NE CA

Guardar os pedacinhos em saquinhos de papel para usarem em outras atividades tais como:

• Colocar junto as que se parecem.

• Separar os pedacinhos que formam uma determinada palavra.

• Separar o pedacinho que começa o nome de “fulano”.

• Outras.

Obs.: Só para alfabéticos.

30 – Jogos que se encontram no mercado e outros que poderão ser confeccionados.
• Joguinhos de letras, que podem ser coladas em cartões de papelão.

• Bloquinhos de madeira, com letrinhas em alto relevo.

• Letrinhas de plástico.

• Joguinhos de baralho, usando a figura e o nome.

• “Atenção vai haver uma revolução”.

Brincadeira explorando sons iniciais e falas. (dimensão sonora)

Ex.: Vamos pensar e descobrir palavras que comecem como “Patrícia”.

• Jogos dos pares, usando cartões com letras.

31 – Dramatização
Contar uma estória. Ex.: A galinha Mara.

Durante a atividade, apresentar os nomes dos personagens ( GALINHA RUIVA–PATO–PORCO ...).

Quando for fazer a dramatização da estória, perguntar usando as fichas.

Quem quer ser o ... “PERU”? A criança tenta descobrir o nome do bicho e escolhe a máscara correspondente.

32 – Estórias em capítulos
Fazer pequenos cartazes com desenhos e textos.

Explorar bem a gravura e depois o texto (partes, frases, palavras, etc).

As crianças tentam adivinhar o que está escrito. A professora, ou as crianças em fases mais evoluídas, lêem o texto para a classe ouvir.

Como a estória continuará, farão a previsão do próximo capítulo.

Conforme foi observado, as atividades envolvem trabalho com textos, frases, palavras e letras, ao mesmo tempo. Isto porque é na complexidade que a criança busca as diferenciações e as regularidades.

Reafirmamos que se faz necessário, um bom embasamento teórico para que a professora saiba “o que” e “por que” está desenvolvendo tais atividades.

Daí a nossa preocupação em não apresentar estas sugestões, sem que haja um suporte teórico que as justifique.

Procedimentos para os primeiros dias de aula


           O primeiro dia de aula, para quem trabalha com educação infantil, é sempre muito difícil. Para muitas crianças é a primeira vez que se separam de seus pais e responsáveis e, com a separação vem a insegurança, o medo de ser abandonado. Muitas acreditam que foram abandonadas por seus pais, que simplesmente as deixaram com pessoas desconhecidas.

            Para amenizar todo esse sofrimento e conquistar a confiança dos pequenos o professor deve proporcionar aos seus alunos um ambiente agradável e recepcioná-los com carinho a atenção do professor deve estar totalmente voltada para as crianças, por isso não fique conversando com os pais, explique que esse momento é das crianças e, se precisar, marque um horário para conversarem.

            Preparar a sala de aula com uma decoração alegre, divertida e de preferência com personagens que façam parte do universo infantil é sempre bom para encantar os alunos.    Para ajudar na adaptação, podemos também, deixar jogos, massinhas, materiais para desenho, livros de histórias, brinquedos e outros materiais interessantes sobre as mesas e, ao receber os alunos, incentivá-los a escolher o que mais os agradam.

            Coloque também um som ambiente com músicas do repertório infantil bem conhecida e que faça sucesso entre as crianças.

            Os primeiros quinze dias devem ser dedicados a adaptação das crianças, sem isso ficará impossível realizar qualquer atividade, portanto, converse com os pais na primeira reunião. Apresente-se, esclarece como é sua forma de trabalhar, acalme suas ansiedades e peça que conversem com seus filhos sobre a escola. Eles precisam passar segurança para as crianças, devem explicar que a escola é segura, que ele vai fazer novos amigos, brincar e aprender coisas novas e, principalmente, que irão busca-los no horário da saída. Quando os pais conseguem passar segurança a adaptação das crianças se torna fácil e rápida.

            Dedique-se a tirar os combinados com seus alunos. Toda vez que a professora desejar que algo seja feito, deve estabelecer um procedimento para a realização da tarefa. Alguns dos  procedimentos que logo de início todo professor deve ensinar aos alunos incluem:

  1. Entrada na sala:  Será em fila? Sozinhos ou acompanhados pelos pais? A professora estará aguardando na porta para recebe-los? A professora determinará o lugar onde cada um deve sentar ou cada um escolhe o lugar que quiser?
  2. Saída no término da aula: as crianças vão esperar seus pais em fila ou sentados nos seus lugares? Deverão esperar até a professora chamar ou poderão levantar logo que reconhecerem os responsáveis? Deverão colocar suas cadeiras nos lugares e arrumar seu espaço antes de sair?
  3. Rotina: A aula será iniciada com o estabelecimento da rotina, com música, oração, contagem, roda de conversa? Será escolhido um ajudante para o dia? Como será feita a escolha do ajudante? Para sair da sala para outras atividades e lanche, deverá ser feito fila? A fila será por ordem de chegada, ordem de tamanho ou escolha da professora?
  4. Para entrar na sala após as atividades: Poderão entrar todos ao mesmo tempo? Entram primeiro as meninas ou os meninos?
  5. Para usar o banheiro ou tomar água: A criança deverá levantar a mão para pedir para ir ao banheiro ou tomar água? Poderá sair sem comunicar? Poderá ir mesmo que já tenha outra criança utilizando o sanitário? Deverá pegar um cartão ou outro objeto para poder se ausentar da sala?
  6. Mantendo o silêncio na sala: Para que os se acalmem e prestem atenção no professor é preciso criar um sinal para que eles saibam que você quer a atenção deles. Pode ser: sempre que você levantar a mão, ou fechar a porta, ou colocar a sua cadeira na frente do quadro negro, ou simplesmente ficar em pé com as mãos para trás, ou ainda fazer uma contagem regressiva do tipo 5, 4, 3, 2, 1, 0 ou, até mesmo um sinal sonoro como uma música, por exemplo.
  7. Bullying: Os alunos que estiverem sofrendo intimidações ou agressões  por parte dos colegas deverão recorrer a professora. Como? Quando? Qual será a abordagem adotada para com o aluno agressor e o agredido?
  8. Para alunos que não cumprem os combinados: Que atitude será tomada com os alunos que não cumprirem os procedimentos estabelecidos? Ficarão sem parque ou outra atividade prazerosa? Ficarão sentados por alguns minutos pensando no seu comportamento?

                ENSINANDO OS PROCEDIMENTOS:

                Lembrem-se que trabalhando com crianças de educação infantil, os procedimentos devem ser relembrados constantemente. O professor deve aprender como criar seus procedimentos e fazer com que os alunos os pratiquem. Abaixo segue o resumo de um método de três passos que é muito eficaz para ensinar os procedimentos da sala de aula aos alunos:

EXPLIQUE; Esclareça, explique e demonstre o procedimento;

PRATIQUE: Faça-os praticarem e praticarem sob sua supervisão;

REFORCE: Revise, pratique e reforce o procedimento até que o mesmo torne-se um hábito e uma rotina para o aluno. Se você professor já tem o hábito de estabelecer combinados, essas dicas vão ajudar a esclarecer ainda mais como melhorá-los. Se você não tem esse hábito, saiba que precisa implantá-los com urgência.

 

(Texto Baseado na Psicopedagoga / Neuroeducadora e Coach – ROSELI BRITO)